terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Janelas

Cada janela tem uma história para contar.
Histórias quentes, frias.
Histórias felizes, tristes.
Enfim... histórias e estórias.

Da janela vejo luzes, carros, pessoas.
Vejo paisagens vivas e mortas.
Vejo cenas e crio histórias, fico imaginando o dia-a-dia dessas pessoas.

Em uma janela vejo apenas luzes.
Em outra vejo um casal discutindo.
Em uma janela vejo um senhor com uma bebida.
Em outra vejo uma menina aguando as plantas.
E o que tem na minha janela?
Uma moça fumando um cigarro.
Uma moça criando histórias.
Uma moça pensando no amor e nas suas cores.
Uma moça pensando no amor e suas definições.
Continuo observando as janelas e suas histórias.
Ouço um barulho, passos vindo em minha direção.
Sinto uma mão deslizando meu corpo.
Minha janela seria mais uma história.

Uma boca passeava pelo meu pescoço.
Mãos reconheciam meu íntimo. Redescobriam meus segredos.
Ele era, ele é meu desejo. O mais doce desejo.
Eu o amo mais que tudo.
Me entreguei por completo.
Me entreguei de corpo e alma.

Ele tremia, respirava rapidamente.
Sorria com os olhos brilhando.
Eu o tinha em meus braços.
Mas ter e manter são totalmente diferentes uma da outra.

Isso foi platônico? Recíproco?
Não sei!
Só sei que amei.

Amor não tem cor, não tem definições. (Específicas)
Eu apenas amo incondicionalmente.
Até perder o fôlego, pois tamanha intensidade não dá para ser calculado em espaço quadrado.

Ter ou não ter?
Ser ou não ser?
Eis a questão!


Por May Aoki